Governador de MG assina tratado de cooperação com o Estado de Israel
O governador de MG assinou uma declaração de cooperação com Israel para desenvolvimento de atividades em áreas como a agricultura, recursos hídricos, educação, segurança pública, ciência e tecnologia.

Reprodução: Governo do Estado de Minas Gerais
No 275º dia de agressão contínua israelense ao povo palestino, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), assinou uma declaração de cooperação entre MG e Israel. O governador é o terceiro a assinar o documento, junto de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, que aderiram, respectivamente, em março e maio.
O documento conta com um protocolo de intenções, para desenvolvimento de atividades em áreas como a agricultura, recursos hídricos, educação, segurança pública, ciência e tecnologia. Encaminha a criação de grupos de trabalho para criar iniciativas práticas de cooperação e colaboração.
No ano passado, as relações comerciais entre Minas Gerais e Israel corresponderam ao valor de US$ 50,6 milhões, US$ 23,6 milhões relativos às exportações e US$ 27,09 milhões às importações. O esperado aumento desses aportes como consequência da assinatura do acordo aumenta a participação e cumplicidade do Estado brasileiro no financiamento da ocupação militar sionista e de sua guerra contra a população civil palestina.
Foi ratificada pelo governador também a definição de antissemitismo da Aliança Internacional de Memória do Holocausto, que o tipifica como “percepção determinada dos judeus, que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientadas contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas.”

Reprodução: redes sociais.
A premissa de combate ao antissemitismo tem sido recurso ideológico marcante dos sionistas no Brasil e no mundo para censurar e perseguir vozes que se levantam contra o genocídio do povo palestino perpetrado pela ocupação sionista. Em 23 de junho, por exemplo, a justiça brasileira autorizou a deportação do professor palestino e crítico à máquina de guerra israelense, Muslim M. A. Abuumar, de 37 anos, sob acusação de antissemitismo e aparente conexão com o Hamas, jamais comprovadas.
Na segunda-feira (8), dia da assinatura do tratado, o saldo da agressão israelense era de 38.193 palestinos mortos e 87.903 feridos desde o dia 7 de outubro, segundo os números oficiais do Ministério da Saúde em Gaza.