Ato em solidariedade a Cuba e à Palestina é realizado na Central do Brasil (RJ)

No dia 28 de julho ocorreu o tradicional “Ato da Rebeldia”, em solidariedade internacionalista à revolução cubana e contra o bloqueio imposto à ilha pelos EUA. A denúncia do genocídio na Palestina também foi destacada no ato.

31 de Julho de 2025 às 0h00

Por Gustavo Pedro

No dia 28 de julho foi realizado, na estação da Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro, o tradicional “Ato da Rebeldia”, em solidariedade internacionalista à Revolução Cubana e aos trabalhadores da ilha que seguem construindo o legado de sua revolução socialista.

Entre as principais pautas agitadas pelos presentes, marcadas por uma permanente denúncia das intervenções imperialistas pelo mundo, estavam a luta contra o bloqueio imposto a Cuba pelo governo dos EUA, a denúncia do genocídio operado pela coalizão imperialista-sionista no território da Palestina ocupada e o repúdio a intervenção imperialista estadunidense em curso no Brasil.

Organizado anualmente pela Associação Cultural José Martí (ACJM) - RJ, em conjunto com diversos partidos socialistas, movimentos de solidariedade internacionalista, movimentos de cultura e sindicatos, o “Ato da Rebeldia” busca demarcar o dia 26 de julho de 1953 enquanto momento histórico essencial da luta dos revolucionários cubanos. Nesse mesmo dia, há 72 anos, a ação do grupo liderado por Fidel Castro no assalto ao Quartel Moncada desafiava a ditadura de Fulgêncio Batista em Cuba e marcava a retomada da luta armada como tática pela libertação dos trabalhadores cubanos. Um marco que deu continuidade à tradição de lutas pela independência do povo cubano, iniciada por José Martí e pelos combatentes da guerra de independência.

A importância da demarcação de tal data, que serve também como uma demonstração pelo exemplo aos povos da América Latina em luta pela superação das mazelas do capitalismo, se dá no contexto atual de recrudescimento da tática estadunidense de utilização do bloqueio como instrumento de guerra econômica e de estrangulamento das condições de vida do povo cubano por múltiplas frentes.

O segundo governo de Donald Trump retomou a política de “pressão máxima” de seu primeiro mandato, endurecendo restrições a viagens, remessas e transações comerciais, recolocando Cuba na lista estadunidense de “Estados patrocinadores do terrorismo” e amplificando políticas de apoio a grupos locais que busquem desestabilizar o país.

Para além das alusões em cartazes e bandeiras ao legado dos revolucionários da ilha rebelde, as intervenções (em falas, panfletos, cartazes, faixas e estandartes) referentes ao genocídio operado pelo regime sionista na Palestina ocupada também chamaram a atenção dos trabalhadores/passageiros – muitos dos quais paravam em meio ao trajeto de retorno às suas casas para demonstrar seu repúdio ao genocídio – no local do ato.

Foto: Jornal O Futuro.

Os momentos finais da manifestação foram marcados pelo destaque, em meio às diversas falas, da necessidade de aprofundamento das lutas anti-imperialistas em nosso continente enquanto elemento central para as lutas dos trabalhadores no mundo.

A militância presente realizou, como ação de encerramento do ato, o canto (à capela) de A Internacional, considerada mundialmente um hino dos trabalhadores que seguem agitando as bandeiras do internacionalismo proletário e da luta pela construção do socialismo.