Navio brasileiro carregado de aço partirá para Israel nesta sexta-feira

Foto: Divulgação/MSC.

Na próxima sexta-feira, dia 05 de setembro, está programada a partida, de um navio cargueiro via Porto de Santos, carregado de aço brasileiro que alimentará a máquina de guerra israelense.

A denúncia veio através do movimento internacional BDS, o qual foi informado da existência de um carregamento de mais de 56 toneladas de aço rumo ao porto de Haifa, saindo do porto de Santos, no litoral paulista.

O carregamento é composto por dois contêineres que dividem as 48 caixas de aço de uso duplo, jargão para a definição de materiais exportados que podem ter usos civis ou militares. O navio MSC LEILA NA534R foi carregado na segunda-feira, dia 01, e pode ter seu status e roteiro observado pela pelo site MSC e o número de container MSNU2956211.

A venda do aço está sendo realizada pela siderúrgica Villares Metals, localizada em Sumaré, interior de São Paulo, para a empresa israelense IMI Systems, fabricante de armas, munições e tecnologia militar principalmente para forças de Segurança Israelenses.

Assim como a empresa AEL, localizada em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, e especializada em produção de equipamentos e tecnologia militar, a IMI Systems é uma subsidiária da Elbit Systems. A Elbit Systems é uma das principais fabricantes de drones do mundo, construção ilegal do muro israelense em gaza, além da segurança nas coloniais e ocupações na Cisjordânia.

Essa não é a primeira relações comercial brasileira que financia empresas militares e o estado sionista de Israel. Durante o primeiro semestre de 2025 o governo Brasil havia firmado um acordo de quase 1 Bilhões de reais para aquisição de blindados israelenses da empresa Elbit, tal acordo acabou sendo cancelado após a pressão popular por boicote e desinvestimento em Israel. O Brasil é também um dos grandes fornecedores de petróleo, cru e refinado, que alimentam a máquina de colonialismo que é o estado israelense. Até o primeiro semestre, 9% do petróleo usado por Israel foi fornecido pela Petrobras e também enviado pelo Porto de Santos.

Afim de garantir que o aço brasileiro não chegue até o Porto de Haifa e seja material usado na morte do povo palestino, que até o momento já contam com mais 50 mil palestinos mortos, militantes da causa Palestina, via comitê de solidariedade ao povo palestino de Santos e da Frente Palestina São Paulo, organizam uma mobilização em frente a autoridade portuária de santo, no dia 05/09 às 11 horas da manhã.