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  • Começa a campanha brasileira pelo embargo militar a Israel

    Durante a primeira semana de julho, a campanha brasileira pelo embargo militar a Israel inclui uma série de ações programadas, com o dia 3 de julho designado como o Dia Nacional de Mobilização pelo Embargo Militar a Israel.

    2 de Julho de 2024 às 15h00

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    Mais de 70 organizações, incluindo o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), uniram-se para exigir medidas concretas e imediatas do governo brasileiro contra a cumplicidade no genocídio em Gaza, respondendo ao chamado do Movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções). Durante a primeira semana de julho, a campanha brasileira pelo embargo militar a Israel inclui uma série de ações programadas, com o dia 3 de julho designado como o Dia Nacional de Mobilização pelo Embargo Militar a Israel. Essas ações visam não apenas pressionar o governo brasileiro, mas também conscientizar a população sobre a importância de não financiar, direta ou indiretamente, o genocídio palestino e a limpeza étnica perpetrada pelo estado de Israel.

    É inaceitável que o governo brasileiro mantenha acordos militares com Israel, e seja mais responsável em não colaborar com um regime que perpetua genocídio e apartheid contra o povo palestino. Este movimento ganha urgência em meio a um contrato absurdo do Exército brasileiro com a Elbit Systems, empresa israelense de armamentos, para a compra de 36 viaturas blindadas, no valor de quase 1 bilhão de reais. A Elbit Systems, principal fornecedora de armamentos para as Forças de Defesa de Israel, lucra com a guerra em Gaza, evidenciando a relação entre a morte e a tecnologia de guerra utilizada por essas empresas. Além disso, em março de 2024, a Força Aérea Brasileira publicou um aviso de inexigibilidade de licitação para suporte logístico de drones Heron-I, fabricados pela Israel Aerospace Industries, com um valor potencial de R$ 86 milhões. A IAI, uma das maiores empresas militares de Israel, tem contratos internacionais que financiam diretamente ações genocidas do Estado israelense.

    Manter acordos com empresas como a Elbit Systems e a Israel Aerospace Industries é uma traição aos princípios de direitos humanos que o governo Lula afirma defender. Enquanto isso, Lula e os seus ministros ameaçam cortar subsídios fundamentais para a saúde e a educação, colocando em risco a qualidade de vida da população brasileira. Apesar dessas questões, Lula sinalizou apoio à compra, expondo mais uma contradição entre o seu discurso e a sua atuação prática na presidência da república, desmascarando a hipocrisia de condenar o genocídio verbalmente enquanto fortalece materialmente a máquina de guerra israelense na prática.

    Em comunicado, o BDS Brasil defende que “É preciso sinalizar que a insatisfação com o que está acontecendo em Gaza merece ações para além de discursos simbólicos. Significa também rejeitar qualquer cumplicidade com uma indústria diretamente responsável pelo maior genocídio do século XXI até o momento. Algo bastante importante para um líder que busca se colocar ao lado dos oprimidos e dos trabalhadores.” Essa não é a primeira movimentação que foi feita; a campanha "Revogaço Já", também ligada ao movimento BDS, surgiu anteriormente como uma resposta à aprovação pela Câmara dos Deputados de acordos de cooperação com Israel nas áreas de segurança pública, defesa, serviços aéreos e previdência social, assinados pelos ex-presidentes Jair Bolsonaro e Michel Temer.

    Os acordos incluem o Decreto Legislativo 228/2021, que já foi promulgado durante o governo Bolsonaro, estabelecendo cooperação militar entre Brasil e Israel. Este acordo facilita o intercâmbio de tecnologias militares e estratégias de defesa, levantando preocupações sobre a influência dessas práticas na militarização e nas violações de direitos humanos no Brasil e além. Além disso, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 554/2021, atualmente aguardando deliberação no Senado, propõe um acordo de cooperação em segurança pública. Este acordo envolve colaboração direta com o Ministério da Segurança Pública de Israel, uma entidade conhecida por suas práticas de limpeza étnica em territórios ocupados, como a Cisjordânia. Outro ponto crítico é o PDL 465/2022, que trata do Acordo sobre Serviços Aéreos entre Brasil e Israel. Este acordo regula direitos de sobrevoo e escalas para companhias aéreas, suscitando preocupações sobre a legitimidade dessas operações em áreas disputadas internacionalmente.

    Esses acordos aprofundam a cumplicidade do Brasil com os crimes contra a humanidade e limpeza étnica perpetrados pelo estado de Israel contra o povo palestino, principalmente no contexto do genocídio em curso em Gaza. A campanha clama que o governo brasileiro retire imediatamente a sua assinatura, não ratifique e denuncie esses acordos, interrompendo assim a colaboração com um Estado envolvido em graves violações de direitos humanos e práticas de apartheid. A revogação desses acordos visa enviar um forte sinal sobre os crimes de guerra que estão acontecendo todos os dias em Gaza. Diminuir o financiamento e o apoio a empresas e instituições israelenses envolvidas na ocupação e na militarização dos territórios palestinos, e contribuir para o enfraquecimento das estruturas materiais que perpetuam a opressão e a máquina de guerra israelense.

    Petróleo e genocídio

    Internacionalmente, uma investigação recente conduzida pela Oil Change International em colaboração com a Data Desk revelou como a indústria global de petróleo está fornecendo combustível para a máquina de guerra de Israel em Gaza. Desde o acirramento do conflito em outubro de 2023, Israel tem dependido significativamente de combustíveis fósseis provenientes de países como Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia, Brasil, Gabão e Estados Unidos. Empresas petrolíferas como BP, Chevron, ExxonMobil, Shell e TotalEnergies foram identificadas como facilitadoras desses suprimentos. Além disso, os Estados Unidos forneceram tanques de combustível JP8 como parte da ajuda militar, com três remessas desde o início do conflito, apesar da decisão interina emitida pelo Tribunal Internacional de Justiça (ICJ) em janeiro de 2024, que advertiu Israel sobre a necessidade de prevenir atos genocidas.

    Essa situação expõe uma contradição significativa: enquanto alguns países e empresas continuam a fornecer combustível ao exército israelense, usado nos devastadores ataques a Gaza, outros, como a Colômbia, suspenderam novas compras e contratos com companhias ligadas ao Estado israelense. Essa discrepância ressalta a complexidade e a gravidade das relações internacionais e da responsabilidade corporativa. Essas ações tornam os fornecedores de combustível cúmplices de crimes de guerra e genocídio, enfatizando a necessidade de uma resposta mais firme e consistente da comunidade internacional para prevenir e reprimir essas violações de direitos humanos.

    Ações previstas pela campanha pelo embargo militar a Israel no Brasil:

    De 1 a 7 de julho: Semana pelo embargo militar a Israel

    3 de julho: Dia nacional de mobilização pelo embargo militar a Israel

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    Participam da campanha pelo embargo militar a Israel:

    - Partido Comunista Brasileiro Revolucionário - PCBR
    - Partido Comunista Brasileiro - PCB
    - Partido Comunista do Brasil - PCdoB
    - Partido Comunista Revolucionário - PCR
    - Partido Proletário Revolucionário Internacionalista - PPRI
    - Partido Socialismo e Liberdade - PSOL
    - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU
    - Unidade Popular - UP
    - Bruna Biondi (vereadora / PSOL São Caetano do Sul - SP)
    - Camila Valadão (deputada estadual / PSOL Espírito Santo)
    - Chico Alencar (deputado federal / PSOL Rio de Janeiro)
    - Débora Lima (presidenta do PSOL/SP)
    - Erika Hilton (deputada federal / PSOL São Paulo)
    - Fabio Felix (deputado distrital / PSOL DF)
    - Fernanda Melchionna (deputada federal / PSOL Rio Grande do Sul)
    - Glauber Braga (deputado federal / PSOL Rio de Janeiro)
    - Ivan Valente (deputado federal / PSOL São Paulo)
    - João Daniel (deputado federal / PT Minas Gerais)
    - Josemar Carvalho (deputado estadual / PSOL Rio de Janeiro)
    - Leleco Pimentel (deputado estadual / PT Minas Gerais)
    - Luana Alves (vereadora / PSOL São Paulo-SP)
    - Luna Zarattini (vereadora / PT São Paulo-SP)
    - Luciana Genro (deputada estadual / PSOL Rio Grande do Sul)
    - Luizianne Lins (deputada federal / PT Ceará)
    - Mariana Conti (vereadora / PSOL Campinas-SP)
    - Monica Benicio (vereadora / PSOL Rio de Janeiro-RJ)
    - Mônica Seixas (deputada estadual / PSOL São Paulo)
    - Padre João (deputado federal / PT Minas Gerais)
    - Pastor Henrique Vieira (deputado federal / PSOL Rio de Janeiro)
    - Paula Coradi (presidenta nacional do PSOL)
    - Reimont (deputado federal / PT- Rio de Janeiro)
    - Roberto Robaina (vereador / PSOL Porto Alegre-RS)
    - Sâmia Bomfim (deputada federal / PSOL São Paulo)
    - Silvia Letícia (vereadora / PSOL Belém-PA)
    - Vivi Reis (ex-deputada federal / PSOL Pará)
    - Brigadas Populares
    - Frente Povo Sem Medo
    - Movimento Bem Viver
    - Movimento Brasil Popular
    - Movimento de luta nos bairros, vilas e favelas - MLB
    - Movimento de Luta Socialista - MLS
    - Movimento de mulheres Olga Benario
    - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST
    - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST
    - Movimento Independente Mães de Maio
    - Movimento luta de classes - MLC
    - Movimento Negro Unificado - MNU
    - MUDI - Movimento de Moradores e Usuários em Defesa do IASERJ/SUS
    - União Estadual dos Estudantes de São Paulo - UEE-SP
    - União Nacional dos Estudantes - UNE
    - Adala Iepê - coletivo jurídico pela Libertação da Palestina
    - Árabes e Judeus pela Paz
    - Articulação Judaica de Esquerda (AJE)
    - Brigadas da Verdade e da Paz
    - Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino Khader Mahmoud Ahmad Othman
    - Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino
    - Comitês da Palestina Democrática
    - Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-PUC SP)
    - Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-USP SP)
    - Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL)
    - Flotilha da Liberdade Brasil
    - Fórum Latino Palestino
    - Frente em Defesa do Povo Palestino São Paulo
    - Frente Gaúcha de Solidariedade ao Povo Palestino
    - Instituto Brasil Palestina - IBRASPAL
    - Juventude Sanaúd
    - Movimento de Brasileiros em Defesa do Povo Palestino / Santa Catarina
    - Rede Universitária de Solidariedade ao Povo Palestino
    - Samidoun rede de solidariedade aos prisioneiros palestinos - Brasil
    - Vozes Judaicas por Libertação
    - CSP-CONLUTAS
    - CUT Brasil
    - CUT São Paulo
    - Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo
    - AMATRE/RJ - Associação de moradoras(es), amigas(os), trabalhadoras(es), estudantes e pacientes do centro, lapa e adjacências
    - Associação José Marti
    - Coletivo Classista Feminista Ana Montenegro
    - Coletivo Feminista Marielle Vive
    - Coletivo Filhos e Netos por Memória Justiça e Verdade - RJ
    - Coletivo Memória Verdade e Justiça - RJ
    - Coletivo Precisamos Falar sobre Fascismo
    - Corrente Sindical Unidade Classista
    - DCE da Unicamp
    - DCE Livre da USP
    - Famílias da Resistência
    - Frente Quilombola - RS
    - Fundação Dinarco Reis - FDR
    - Insurgência - PSOL
    - Juntos!
    - Manifesto Coletivo Anistia Nunca Mais
    - Marcha Mundial das Mulheres
    - MES-PSOL
    - Núcleo Palestina PT-SP
    - Precisamos Falar Sobre o Fascismo
    - Rebeldia - Juventude da Revolução Socialista
    - Revolução Socialista - PSOL
    - RUA - Juventude Anticapitalista
    - Tortura Nunca Mais- RJ
    - União da Juventude Comunista - UJC
    - União da Juventude Rebelião - UJR
    - União da Juventude Socialista - UJS
    - Unidos pra Lutar