Moradores de Nova Iguaçu exigem revogação do aumento das tarifas de ônibus promovido pelo Prefeito Dudu Reina

Reprodução/Foto: Prefeitura de Nova Iguaçu.

Na mesma data em que as linhas de ônibus intermunicipais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro sofrem aumento, o Prefeito de Nova Iguaçu assina o Decreto 13.906 aumentando também as passagens dos ônibus municipais (laranjinhas) da cidade de Nova Iguaçu, localizada na Baixada Fluminense.

A medida que aumentou as tarifas de R$ 5,50 para R$5,95 está causando uma justa revolta nos trabalhadores que moram na cidade e dependem destes ônibus para exercer o direito de ir e vir, seja para trabalho, lazer, compromissos familiares ou até mesmo a realização de consultas médicas.

Grande parte das linhas de ônibus municipais enfrentam um extremo sucateamento, não possuindo ar condicionado, com janelas escangalhadas que não abrem, peças soltas que causam barulhos, além das próprias frotas dos ônibus que são muito antigas.

Moradores afirmam que os ônibus não cobrem todos os bairros da cidade de Nova Iguaçu, obrigando que muitos trabalhadores tenham que andar quilômetros diariamente para pegá-los. Além disso, a maioria das linhas possuem intervalos de horários irregulares.

Mobilização e abaixo-assinado

Diante da revolta dos trabalhadores e moradores da cidade, o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) ampliou suas denúncias contra o Prefeito Dudu Reina e lançou um abaixo assinado exigindo a revogação imediata do Decreto 13.906 que aumentou as tarifas.

O abaixo assinado conta com mais de 2.500 assinaturas.

No dia 14 de abril (segunda-feira), o PCBR irá às ruas, em conjunto com moradores, trabalhadores e diversas organizações e movimentos da cidade, para exigir não apenas a revogação do decreto, mas também a climatização e a expansão de todas as linhas de transporte público, além da implementação de um plano de Tarifa Zero em Nova Iguaçu.

O aumento das passagens de ônibus em Nova Iguaçu impõe um ônus adicional sobre trabalhadores e estudantes, ao mesmo tempo em que reforça um sistema que privilegia uma minoria em detrimento da maioria da população. É essencial que a sociedade questione as decisões da gestão municipal e exija soluções que coloquem o bem-estar coletivo acima dos interesses privados.

Enquanto a frota de ônibus permanece sucateada, sem ar-condicionado, superlotada e com qualidade de serviço precária, o peso dessa realidade recai sobre o trabalhador. Mais uma vez, a prefeitura escolheu se alinhar aos empresários do transporte, em detrimento daqueles que dependem do transporte público diariamente.