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  • EDITORIAL: Enfim, às massas!

    Por isso, precisamos converter a mobilização, que desponta de maneira expressiva, em uma grande Jornada de Lutas Contra a Escala 6x1, que amplie o grau de atividade e organização da nossa classe. Todos os trabalhadores, em particular os que trabalham nessa escala, devem exigir de seus sindicatos a adesão irrestrita e ativa a essa luta.

    1 de Dezembro de 2024 às 15h00

    Após um saldo negativo nas eleições municipais deste ano, que serviram para sacramentar a derrota da malfadada Frente Ampla petista em prol do crescimento estrondoso e indiscutível da direita fisiológica e da extrema-direita, os trabalhadores brasileiros tomaram as ruas novamente, em manifestações massivas pela redução da jornada de trabalho no país, pauta histórica do proletariado. 

    Na história do movimento operário, a luta pela redução da jornada de trabalho sempre foi um forte ponto de apoio para o crescimento da mobilização e organização do proletariado enquanto uma classe com interesses independentes, caminhando no sentido da superação de sua subordinação política. Em sua época, a luta internacional pela redução da jornada para 8 horas diárias sempre foi acompanhada pelo choro dos empresários e políticos burgueses, que ameaçavam terríveis consequências econômicas e taxavam de “vagabundos” os trabalhadores que denunciavam e lutavam contra a exploração. Isso não é à toa: eles sabiam que a luta pela redução da jornada de trabalho é, tanto quanto uma luta econômica pela valorização da hora trabalhada e contra a exploração, também uma luta por um princípio: o princípio da organização da economia em favor dos interesses dos trabalhadores. Segundo ele,  os avanços das forças produtivas devem reverter-se em mais tempo livre para as massas produtoras e não em mais exploração e desemprego. Depois de quase um século da luta pela jornada de 8 horas diárias, em uma época em que os desenvolvimentos do capitalismo aprofundam a exploração e o desamparo do proletariado, não é inesperado que o tema da redução da jornada de trabalho seja novamente colocado na ordem do dia da luta de classes, nem é inesperado que mais uma vez os cães de guarda dos milionários e bilionários ladrem contra as reivindicações proletárias. Para os comunistas, essa é mais uma das principais batalhas entre a economia política dos trabalhadores e a economia política do capital.

    Apontamos para a necessidade de ir muito além da simples pressão individual aos deputados federais e senadores. As lutas da classe trabalhadora por direitos e condições de vida nunca tiveram resultados duradouros quando se apoiaram apenas na luta parlamentar. Por isso, precisamos converter a mobilização, que desponta de maneira expressiva, em uma grande Jornada de Lutas Contra a Escala 6x1, que amplie o grau de atividade e organização da nossa classe. Todos os trabalhadores, em particular os que trabalham nessa escala, devem exigir de seus sindicatos a adesão irrestrita e ativa a essa luta. Devemos construir comitês de agitação, grupos, articulações e demais ferramentas coletivas unitárias com todos os trabalhadores que desejam se engajar politicamente nessa luta: somente assim será possível dar fôlego à dura luta pela redução da jornada de trabalho. Quanto mais fortes, democráticos, participativos e ativos forem esses instrumentos, tanto mais colheremos vitórias nessa luta, como a retomada combativa de diversos sindicatos dessas categorias, que estão hoje nas mãos de centrais sindicais de direita, como a Força Sindical e a UGT, ou social-liberais, como a CUT e a CTB. Usar o impulso dessa mobilização para construir oposições combativas nesses sindicatos é uma das tarefas mais importantes que nosso movimento encontra pela frente, em uma perspectiva de reorganização da classe trabalhadora.=