• Assine o jonal
  • Edição impressa
  • Artigos
  • Contato
  • Quem somos
  • PCBR
  • UJC

  • Agronegócio e Clima
  • Amazônia
  • Economia
  • Editoriais
  • Internacional
  • Juventude
  • Opinião
  • Segurança Pública
  • Sindical
  • EDITORIAL: Primeiras palavras

    O Governo Lula-Alckmin, assim como todo e qualquer governo burguês, continuará sendo linha de frente contra os trabalhadores brasileiros, contra a ampliação e reconstrução de seus direitos e contra a ampliação dos investimentos sociais em favor da manutenção e ampliação das políticas neoliberais de austeridade fiscal que visam o recrudescimento dos lucros da burguesia brasileira e imperialista, em especial do setor financeiro e do agronegócio.

    1 de Outubro de 2024 às 15h00

    O Governo Lula-Alckmin tem demonstrado os limites da política social-democrata. Eleito como salvaguarda da democracia brasileira, tem governado, até aqui, através do abandono das promessas de campanha. A busca por uma coalizão ampla, entre esquerda e direita, não é o reflexo de uma maioria reacionária na Câmara, mas, sim, de um governo que tem como missão refrear a luta de classes brasileira em favor da burguesia.

    Como demonstração explícita de seu compromisso de classe, vemos, em 2024, a eclosão de uma série de movimentos grevistas pelo Brasil, sobretudo no segmento dos servidores públicos federais, que foram, e vêm sendo, tratados com escárnio pelo Governo Federal. A greve nacional das Universidades Federais, encerrada com uma proposta extremamente rebaixada do governo e marcada pelo desdém da presidência para com os professores, foi apenas o primeiro capítulo, anúncio de uma série de lutas dos trabalhadores contra o arrocho salarial e a precarização de seus direitos. 

    O Governo Lula-Alckmin, assim como todo e qualquer governo burguês, continuará sendo linha de frente contra os trabalhadores brasileiros, contra a ampliação e reconstrução de seus direitos e contra a ampliação dos investimentos sociais em favor da manutenção e ampliação das políticas neoliberais de austeridade fiscal que visam o recrudescimento dos lucros da burguesia brasileira e imperialista, em especial do setor financeiro e do agronegócio.

    Em meados de agosto, a greve dos servidores ambientais do Ibama e do ICMBio foi encerrada, após perder força depois de diversas perseguições, com uma proposta rebaixada e insuficiente da parte do Governo Federal. Os servidores ambientais seguirão convivendo com o arrocho salarial, com a insuficiência em seu quadro de funcionários e com a precarização de suas carreiras. São, porém, ponto fundamental no combate aos incêndios criminosos perpetrados pelo agronegócio em todo o Brasil. O Governo Lula-Alckmin escolheu explicitamente seu lado na luta: os latifundiários; concedendo linhas de crédito e isenções fiscais bilionárias através de programas como o Plano Safra.

    Entre agosto e setembro, os bancários lutaram por melhores condições de trabalho no contexto da campanha salarial da categoria. Foram desenhados e traídos pelas direções sindicais pelegas da CUT e aliados, que abandonaram a demanda pelo fim das metas abusivas e um aumento salarial real e significativo; tudo isso para evitar uma repercussão negativa para o governo petista. Apesar disso, vimos nesse período de campanha, a deflagração de greves dos bancários por todo o país, mesmo à revelia das direções sindicais. Ainda assim, os banqueiros, setor mais lucrativo da economia brasileira, conseguiram manter o arrocho salarial e a precarização das carreiras da categoria.