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  • São Paulo fecha 2024 com alta histórica no número de estupros e feminicídios

    No ano de 2024, a Secretaria de Políticas para a Mulher teve seu orçamento por inteiro cortado, e para o ano de 2025, a pasta que deveria contar com R$ 36 milhões, terá apenas R$ 15,8 milhões liberados pelo governo, com R$ 10 milhões direcionados somente aos gastos administrativos.

    25 de Fevereiro de 2025 às 15h00

    Segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, o estado de São Paulo registrou número recorde de estupros e feminicídios em 2024. Foram 14.579 vítimas de estupro no ano, sendo 11.169 vítimas de estupro de vulnerável, crime praticado contra menores de 14 anos. Os dados incluem vítimas do sexo masculino e feminino.

    Considerando apenas as vítimas mulheres, foram 13.808 casos confirmados de estupro, sendo 10.503 casos de estupro de vulnerável, número 2% superior ao ano de 2023, na qual houveram 13.537 boletins de ocorrência de vítimas de estupro.

    Além disso, de janeiro a novembro, o estado registrou 226 casos de feminicídios, e só no mês de dezembro, foram 27 casos confirmados. Este número representa um aumento de 14% comparado aos dados de 2023 e é o maior registrado desde 2018, ano em que o crime passou a ser investigado separadamente aos homicídios no estado de São Paulo.

    Por meio de uma nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a atual gestão tem investido em políticas para ampliar a proteção às mulheres, porém, a realidade que se evidencia é outra. O governador do estado, Tarcísio de Freitas, congelou 96% do orçamento que seria destinado ao combate à violência de gênero. Dos R$ 26 milhões que seriam atribuídos ao enfrentamento da violência à mulher, apenas R$ 900 mil foram autorizados para uso durante todo o ano.

    No ano de 2024, a Secretaria de Políticas para a Mulher teve seu orçamento por inteiro cortado, e para o ano de 2025, a pasta que deveria contar com R$ 36 milhões, terá apenas R$ 15,8 milhões liberados pelo governo, com R$ 10 milhões direcionados somente aos gastos administrativos.

    Em meio a alta nos casos de estupro e feminicídios, o governo de Tarcísio de Freitas explicitamente negligencia a segurança pública para a classe trabalhadora em geral, e mostra completo descaso, particularmente, com a vida de milhões de mulheres do estado de São Paulo. Ano após ano, mulheres seguem tendo suas vidas ceifadas e arruinadas por diferentes tipos de violência, e o governo segue desprezando a criação de medidas para ampliar a proteção à vida dessas mulheres, que muitas vezes continuam vivendo com seus agressores por não ter uma rede de apoio ou independência financeira, aumentando o risco de morte.

    Em paralelo ao constante sucateamento de medidas efetivas para a segurança pública, a gestão investe na militarização das polícias, usando a extrema violência e repressão policial como forma de reforço do populismo penal. O atual governo de São Paulo não tem interesse nenhum em garantir uma política eficiente de segurança para o povo, mas sim em reafirmar sua política reacionária de segurança pública, instrumentalizando as forças policiais para garantir aos interesses burgueses o controle social sobre as populações das periferias de São Paulo.