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  • Servidores públicos de São Carlos (SP) lutam por reajuste salarial e melhores condições de trabalho

    Prefeitura se recusa a aceitar proposta dos servidores e tensiona as negociações em favor dos interesses burgueses e Câmara Municipal segue a cartilha do governo.

    9 de Abril de 2025 às 18h00

    Foto: Jornal O Futuro.

    Dezenas de trabalhadores do setor público da cidade realizaram uma manifestação em frente à Câmara Municipal de São Carlos, no dia 1 de abril, data da Sessão Ordinária semanal. Alguns poucos conseguiram acompanhar a sessão dentro do plenária, porém muitos foram barrados de participar pela lotação do espaço.

    Os servidores públicos municipais queriam evitar a aprovação do reajuste proposto pelo poder executivo de 6,56%, que inclui o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período que foi de 5,06% mais 1,5% e passando o vale-refeição de R$1005,00 para R$1200,00. Essa proposta foi rejeitada pelo SINDSPAM (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos) em assembleia no dia 29 de março.

    Foto: Jornal O Futuro.

    O sindicato cobra um reajuste de 13%, índice que foi aprovado na primeira assembleia geral realizada em 18 de fevereiro. A entidade apresentou essa proposta a representantes do poder executivo no dia 06 de março e ficou aguardando a resposta da contraproposta, que acabou acontecendo no dia 24, porém ela foi rejeitada pela maioria dos funcionários em nova assembleia.

    As negociações continuaram e no dia 27, em uma nova reunião, agora com a presença do prefeito Netto Donato e secretários, a negociação não evolui quanto ao índice de reajuste, tendo somente alguns avanços quanto ao Plano de Carreira e contratação de novos funcionários, culminando com a assembleia do dia 29 acima citada.

    A manifestação do 01 de abril, embora tenha contado com apoio de outros sindicatos como o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Sindicato dos Metalúrgicos e Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINTUFSCar), não surtiu o efeito desejado, pois o projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores. Votaram pela aprovação: André Rebello (PSDB), Bira (PODEMOS), Bruno Zancheta (Republicanos), Cidinha do Oncológico (PP), Dé Alvim (SD), Edson Ferraz (MDB), Elton Carvalho (Republicanos), Fabio Zanchin (SD), Gustavo Pozzi (PP), Júlio Cesar (PL), Leandro Guerreiro (PL), Malabim (PRD), Paulo vieira (PP), Sérgio Rocha (PRD) e Thiago de Jesus (MDB). Votaram contra o projeto, sendo favoráveis ao anseio dos funcionários que lá se encontravam: Djalma Nery (PSOL), Fernanda Castelano (PSOL), Larissa Camargo (PCdoB), Lineu Navarro (PT) e Raquel Auxiliadora (PT).

    Foto: Jornal O Futuro.

    O SINDSPAM resolveu reabrir a assembleia com os funcionários, porém, a proposta de uma greve foi rejeitada pela maioria. No entanto, as negociações devem continuar.

    A reportagem do jornal O Futuro esteve na manifestação e constatou que os funcionários, além do reajuste salarial, também cobravam melhores condições de trabalho em vários setores. Falta de material para professores aplicarem as atividades com os alunos, falta de merendeiras para preparar e servir as refeições, aglomeração de funcionários em posto de saúde, dentre outras reclamações. Todas essas demandas foram enfatizadas pelos vereadores em suas falas na tribuna. Agora, os trabalhadores, através do sindicato, devem continuar na luta por um aumento salarial justo e melhores condições de trabalho.